VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa é lançado no Brasil
A oitava edição do Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa ocorrerá entre os dias 21 e 25 de julho de 2025 na cidade de Manaus (AM) e terá como tema a “Educação ambiental e ação local: respostas à emergência climática, justiça ambiental, democracia e bem viver”.
O lançamento da VIII edição do Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa ocorreu ontem (8 de abril), na sala de ministros do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima em Brasília. A cerimônia foi presidida pela ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva.
Na ocasião estiveram presentes a Coordenadora Adjunta da Rede Lusófona de Educação Ambiental, Marília Torales Campos, o embaixador da Agência Brasileira de Cooperação Internacional, Ruy Pereira, a secretária executiva do ministério da Educação, Isolda Cela, a secretária executiva de gestão ambiental da Secretaria de Meio Ambiente do Governo do Amazonas, Fabrícia Arruda, o reitor da Universidade Federal do Amazonas, Sylvio Puga Ferreira, o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Henrique Pereira e a assistente da Diretoria Geral Brasileira de Itaipú Binacional, Silvana Vitorassi, dentre outras autoridades, como os embaixadores de Moçambique, da Guiné Bissau e do Timor Leste.
No início da cerimônia de lançamento do congresso, a ministra Marina Silva destacou a importância do Brasil sediar o VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa em 2025, mesmo ano em que o Brasil também sediará a COP30 em Belém (Pará). Estes dois eventos reunirão uma grande quantidade de pessoas da sociedade civil e representantes de governos com o propósito de debater e tomar decisões sobre os problemas socioambientais que afetam a todo o planeta, em especial no que diz respeito a crise climática, pontuou a ministra.
Ao agradecer a acolhida do Brasil ao VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos países e comunidades de Língua Portuguesa, Marília Torales Campos, destacou que “para a REDELUSO, os momentos de realização dos congressos lusófonos de Educação Ambiental significam a manutenção de um fio condutor de um trabalho em contínuo, que envolve o esforço de muitas pessoas e organizações”. Em sua fala apontou dados sobre a realidade das políticas de Educação Ambiental dos países que estão integrados a REDELUSO e destacou a necessidade de avanços e de compromissos institucionais para que essas políticas se efetivem e atendam a necessidade das populações em relação aos problemas ambientais.
Na ocasião, o embaixador Ruy Pereira, destacou a importância dos processos de cooperação internacional para o enfrentamento das questões ambientais. Segundo ele, o Brasil tem um importante papel na articulação com os países de Língua Portuguesa e a realização do Congresso será uma oportunidade de consolidar essa posição e contribuir nas ações de cooperação que visam dar respostas à crise socioambiental global. Na mesma linha, o reitor Sylvio Puga Ferreira destacou o papel da universidade para a organização deste congresso, tendo em vista suas experiências e a preocupação da Universidade Federal do Amazonas em fomentar processos de formação e pesquisa na área do meio ambiente, especialmente sobre os temas relacionados a região amazônica em articulação com diferentes biomas.
O Ministério da Educação, na fala de Izolda Cela, reiterou seu compromisso com a organização do congresso, destacando a importância da temática e o papel da educação na transformação da sociedade. Representando o governo do Amazonas, Fabrícia Arruda, destacou que o tema do congresso está alinhado com o trabalho que está sendo realizado pelo governo do estado nas áreas da Educação e do Meio Ambiente, especialmente no que se refere ao projeto “Escola da Floresta”. Segundo ela, o Estado assume seu compromisso com a organização do congresso e irá apoiar a iniciativa para receber os participantes, que segundo a organização, devem superar as duas mil pessoas de diferentes países e de todas as regiões do Brasil.
No final da cerimônia foi realizado um ato simbólico de início da confecção de um bordado em forma de painel. As ministras Marina Silva e Marília Torales Campos, em representação do governo brasileiro e da REDELUSO deram, em conjunto, os primeiros pontos na tela. A proposta, coordenada pelo grupo Matizes Dumont, foi dar início a um painel criado por diversas bordadeiras que será apresentado durante a realização do congresso, em julho de 2025, na cidade de Manaus (Brasil).
REDELUSO - Em 2005, foi criada a Rede Lusófona de Educação Ambiental (REDELUSO) que tem por objeto formar uma rede de trabalho e de cooperação para fortalecer as iniciativas no campo da Educação Ambiental em diferentes países. Atualmente, esta rede é formada por educadores ambientais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Galícia, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, Timor Leste e São Tomé e Príncipe com o apoio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Dentre as ações deste grupo, está a realização dos congressos lusófonos de Educação Ambiental. As edições anteriores deste congresso foram realizadas na Galícia (2007), no Brasil (2013), em Portugal (2015), em São Tomé e Príncipe (2017), na Guiné Bissau (2019), em Cabo Verde (2021) e em Moçambique (2023).