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REDELUSO

As reverberações da crise ambiental e civilizacional contemporânea foram chegando a diversos setores de atividade humana, provocando uma reação em massa de âmbito académico, científico, político e social. É neste contexto que, em 2005, durante as XII Jornadas Pedagógicas da Associação Portuguesa de Educação Ambiental (Aspea), um grupo de pessoas que atuam no campo da Educação Ambiental em países e comunidades de língua portuguesa e comunidade autónoma da Galiza (Espanha) resolveu organizar-se coletivamente e desenvolver ações articuladas. Surge assim a Rede Lusófona de Educadores Ambientais (RedeLuso), com o princípio de promover a Educação Ambiental e construir identidades pertencentes aos territórios falantes da língua portuguesa.

Desde então, a rede tem crescido, quer em número de pessoas, quer em número de ações desenvolvidas. Atualmente, a RedeLuso caracteriza-se por ser um espaço de cooperação internacional que articula iniciativas de pessoas e instituições que atuam no campo da Educação Ambiental, constituindo uma comunidade de aprendizagem orientada pela colaboração, pela comunicação e pelo diálogo em torno das questões estruturantes no campo da Educação Ambiental, visando a construção de uma identidade comum, mas que respeite a diversidade nesta grande comunidade que é o espaço lusófono.

A RedeLuso possui uma organização horizontal, cujo núcleo duro é constituído por um Conselho de Coordenação, composto por dois conselheiros de cada um dos dez países ou regiões integrantes, a saber, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Galiza. Deste Conselho de Coordenação, que é liderado por um Coordenador e por uma Coordenadora Adjunta, constituem-se Comissões Permanentes e Grupos de Trabalho setoriais em diversos assuntos de importância.

Congressos

Os Congressos Internacionais de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa e Galiza vão já para a sua oitava edição e constituem o fórum de excelência para a partilha de experiências e aprendizagens dentro da comunidade RedeLuso e com parceiros de interesse.

Desde 2013, o Congresso tem uma periodicidade bienal e tem edições realizadas em diferentes países e continentes. Para além do manancial de conferências, mesas redondas, comunicações orais, oficinas, minicursos, apresentações de recursos, artigos publicados em revistas científicas e outras partilhas, dos congressos surgem relatórios finais e declarações contendo recomendações, resoluções e linhas de atuação, que se materializam em ações concretas da RedeLuso no espaço de tempo que medeia entre os congressos.

Como exemplo de um Grupo de Trabalho, a RedeLuso constituiu o GTEA-CPLP, um grupo de trabalho para elaborar um documento com as Linhas Orientadoras para o apoio à Elaboração, Implementação, Avaliação e Revisão de Estratégias Nacionais de Educação Ambiental, constituído por 74 pessoas de 10 países. A elaboração do documento foi precedida de um levantamento das estratégias e políticas de Educação Ambiental já elaboradas e implementadas em cada um dos países, bem como de outros documentos político-administrativos relevantes.

O processo de criação do documento desenrolou-se ao longo de 14 meses e culminou com a apresentação do mesmo em reunião de Ministros do Ambiente da CPLP, tendo contribuído para incentivar o desenvolvimento de políticas públicas que reforcem a elaboração, implementação e/ou prorrogação de Estratégias Nacionais de Educação Ambiental.

Estes eventos e ações foram organizados e executados pela RedeLuso com o apoio de um parceiro privilegiado: a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que surge neste contexto como um espaço político-institucional de formalização dessas ações, por meio da promoção de reuniões ministeriais com representantes dos Estados membros para definir iniciativas comuns e o estabelecimento de acordos bi ou multilaterais.

Essa colaboração, materializada também no apoio financeiro aos congressos, visa fortalecer os laços históricos, culturais e linguísticos compartilhados, respaldando os projetos nacionais de desenvolvimento estabelecidos nacionalmente, mas que possuem potencial de integração com os objetivos e interesses dos demais países lusófonos.